Zona de risco 2
Algum tempo atrás, escrevi uma coluna intitulada
“Zona
de risco” e para ilustrar mais esse tipo de
situação onde saber a correta técnica de
pilotagem e ter um bocado de sorte e ousadia fazem toda a diferença.
Estas fotos não têm boa resolução,
mas mostram o apuro da dupla que estava fazendo tow-in
(surf rebocado por jet ski) na Ilha de Páscoa. No caso,
os surfistas de ondas grandes, Romeu Bruno e
Luis Roberto Formiga, surfista e apresentador
de um programa de esportes radicais na ESPN Brasil.
Após a integração entre “jet
ski – surf – ondas” novos horizontes
estão se abrindo para os que gostam de muita adrenalina
e ondas grandes, com a descoberta de ondas em locais onde não
se imaginava ser possível surfar. Aqui mesmo no sul do
Brasil, foi recentemente surfada pela primeira vez um onda que
quebra quando o mar está de ressaca na “laje de Jaguaruna”
que fica localizada a 6 km da costa, e é muito semelhante
a esse local das fotos, que é uma laje próximo a
“Ilha de Páscoa” . É atualmente considerada
a onda mais alta do Brasil. No ano passado, o surfista catarinense
“De da Barra” rebocado pelo surfista WCT Paulo Moura,
pegou uma onda de 10 metros!
A dificuldade de surfar e de pilotar o jet
ski nestas condições é extrema, porque além
da onda ser grande e potente, ela quebra bem em cima da laje de
pedra, ou seja, se cair da prancha ou perder o jet, eles
vão se arrebentar na pedra, por isso é
preciso saber muito bem o que fazer nesta hora!
Confira as fotos:

“Roubada 1” - O piloto tem que
resgatar o surfista antes que a onda o apanhe e ele seja jogado
contra a laje. Nesse momento o surfista está embaixo da
água tentando subir.

“Roubada 2” - O jet ski para
em cima da pedra, e só voltará a andar quando a
água cobrir a laje, mas repare no tamanho da “ “encrenca”
que vem atrás”.

“Roubada 3” - A laje enche e
o jet volta a andar, mas a onda quase engole o jet ski. Se o piloto
perder o jet nessa situação, eles
serão arremessados contra a pedra.

“Roubada 4”: Na hora do resgate
a espuma é tão intensa que o jet “cavita”,
acelera, mas demora a sair do lugar, como um pneu de carro no
piso molhado, por causa da grande quantidade de micro bolhas de
ar causadas pela espuma. O surfista nesse local está com
os pés na laje e se a onda que vem atrás apanhá-lo
antes do jet de resgate, ele será lançado contra
a laje.
Imagens autorizadas para divulgação: Luis
Roberto Formiga.
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